De Pinda [Pindamonhangaba, (ex)-Noviciado Salesiano] e Lorena, (Palmeiras Imperiais, Faculdade Salesiana),
o único que restou é a sonoridade do nome, que francamente não sei por que soa bem aos meus ouvidos.
Mas até nisso ganha Lavrinhas, finda a infância o primeiro impacto com o mundo do outro lado da serra:
ao poético da paisagem junta-se a ternura da palavra. Tem algo de mineiro.
Muito lavrei desde chegar até sair.
Do outro lugarejo ficou na memória um misto de pindaíba com mamangava. E a paterna figura do Padre Luís
apontando ao longe o perfil do Pico Marins, olha lá suas montanhas, a crista da serra. Dava dó estar longe.
Anos mais tarde, já de volta ao mundo laico, uma linda moça de olhos claros, lábios de beijar, doces mãos
curiosas e pele de jambo, Rose não me lembro de quê, me alucinava ao cair da tarde, à noitinha, muitas horas,
muitas vezes, hoje lindo sonho esvanecido.
Tudo isso [impertinente cutucãozinho da memória!], será que aconteceu de verdade… ou são apenas sombras
ressuscitadas? Do século passado? E do passado milênio?
Pra poder rememorar… a vida continua.

Foto: Palácio São Joaquim (UNISAL)